A validação da função de distância (ANSI 21) é decisiva para a confiabilidade da proteção de linhas de transmissão e alimentadores em subestações digitais. Na prática, o uso combinado de duas malas de testes com o Conprove Test Center (CTC) possibilita um fluxo padronizado, rastreável e eficiente, cobrindo curvas/características, zonas e critérios de operação. Este artigo apresenta uma visão objetiva de como estruturar os ensaios com os métodos Teste Ponto e Teste de Busca, assegurando precisão metrológica, interoperabilidade e evidências prontas para auditoria.
A proteção de distância atua com base em impedância aparente medida a partir de tensões e correntes. Em sistemas modernos, o cenário inclui IEDs, comunicação IEC 61850, requisitos de seletividade e coordenação entre elementos de proteção. Ensaiar o 21 não é apenas checar disparo; envolve validar zonas (múltiplos alcances), características (Mho, quadrilateral, etc.), direcionalidade, tempos e bloqueios sob condições de regime e de falta simuladas. Uma rotina consistente reduz retrabalho no comissionamento, acelera FAT/SAT e mitiga riscos operacionais.
2. Metodologia de campo: Teste Ponto e Teste de Busca
- Teste Ponto: avalia pontos específicos da característica (impedância R–X) e de cada zona. Permite confirmar limiares com precisão e verificar se a curva configurada no relé corresponde ao esperado. É recomendado para checagem de “bordas” e validação de critérios de aceitação previamente definidos.
- Teste de Busca: explora automaticamente regiões do plano R–X para localizar fronteiras de atuação. Útil para identificar margens, tolerâncias e possíveis discrepâncias entre parametrização e comportamento dinâmico do relé.
- Sequência típica:
- Preparação: confirmação do SCL (quando aplicável), checagem de conexões e sincronismo, definição de zonas e tempos-alvo.
- Execução: aplicação de tensões e correntes conforme perfis de falta, varrendo pontos/áreas (ponto/busca) por zona e característica.
- Registro: captura de tempos, indicativos de atuação/bloqueio, valores elétricos e posicionamento no plano R–X.
- Relatório: consolidação com traços, tabelas de resultados e anexos para auditoria.
3. Boas práticas e critérios de aceitação
- Coerência de dados: alinhe as grandezas nominais, relações de TC/TP e referências de polarização com o ajuste do relé.
- Seleção de casos: inclua pontos críticos (limítrofes), casos de supervisão e situações de bloqueio proposital (direcionalidade/fase-terra).
- Tolerâncias: defina faixas para erro de alcance e tempo de operação, de acordo com especificações do fabricante e critérios internos.
- Reprodutibilidade: repita pontos-chave para verificar consistência. Em Teste de Busca, documente a malha/grade utilizada no R–X.
- Auditoria: padronize os relatórios com identificação do ativo, versão de firmware, parâmetros ensaiados, metodologia e evidências (gráficos e logs).
4. Resultados esperados e indicadores operacionais
- Confiabilidade: aderência da atuação às zonas e características planejadas.
- Produtividade: redução do tempo de comissionamento com automatização e sequenciamento de rotinas.
- Rastreabilidade: relatórios consistentes, com dados elétricos, tempos e mapas R–X, prontos para auditoria e manutenção.
- Interoperabilidade: alinhamento entre parametrização do IED, procedimentos de teste e requisitos do SAS em subestações digitais.
5. Ferramentas Conprove para padronizar o processo
Usar duas malas de testes em conjunto com o Conprove Test Center (CTC) viabiliza automação, repetibilidade e documentação integrada. O CTC organiza os passos do ensaio, facilita a varredura de pontos e a busca de fronteiras no R–X, e gera relatórios com evidências objetivas — do laboratório ao campo, em ambientes convencionais e digitais.
Links oficiais Conprove
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