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Linearidade e precisão da mala de testes como amplificador de sinais: critérios, cuidados e validação

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Linearidade e precisão da mala de testes como amplificador de sinais: critérios, cuidados e validação

A utilização de uma mala de testes como amplificador de sinais exige atenção metrológica para assegurar resultados fidedignos em comissionamento e manutenção. No Workshop Conprove, o Prof. Adriano destacou como linearidade, precisão e boas práticas de uso impactam diretamente a confiabilidade dos ensaios em sistemas elétricos de potência.

 

O que significa “linearidade” na prática

Linearidade é a capacidade do equipamento de manter proporcionalidade entre o sinal de entrada e a saída amplificada em toda a faixa operacional. Na prática:

  • O ganho deve permanecer constante do “pé de escala” até a saída nominal.
  • Desvios de linearidade aparecem como erro percentual crescente em níveis baixos/altos de sinal.
  • A análise deve considerar banda passante e regime (contínuo vs. transitório).

Precisão e incerteza: como qualificar o desempenho

Precisão resulta da combinação de exatidão (bias) e repetibilidade. Para avaliar:

  • Calibração rastreável (RBC/ILAC) com relatório de incerteza.
  • Orçamento de incerteza contemplando resolução, ruído, estabilidade térmica e carga.
  • Verificações periódicas de ganho e offset nos principais pontos da faixa (baixo, médio e alto nível).

Fatores que afetam o resultado

  • Carga e impedância: a mala deve trabalhar dentro dos limites de corrente/tensão especificados; cargas reativas podem induzir erro.
  • Resposta em frequência: variações de ganho/ fase fora da banda nominal alteram a medição; verificar especificações.
  • THD e ruído: distorção harmônica na saída compromete testes sensíveis (proteções de medição).
  • Estabilidade térmica: aquecimento prolongado pode deslocar o ganho; recomenda-se aquecimento prévio (warm‑up).
  • Aterramento e cabeamento: laços de terra e má blindagem introduzem erros e interferência.

Boas práticas de uso e verificação

  • Planejamento: defina faixa, carga e critérios de aceitação antes do ensaio.
  • Ajuste de ganho: valide pontos de referência (ex.: 10%, 50%, 90% da escala).
  • Monitoramento: registre saída, temperatura ambiente e condições de carga.
  • Relato: documente traços, desvios, incerteza e condições (setup) para auditoria.
  • Manutenção: estabeleça periodicidade de calibração e checagens intermediárias de campo.

Aplicações típicas

  • Testes de relés de proteção e instrumentação onde o amplificador precisa garantir repetibilidade, baixa distorção e ganho estável.
  • Ensaios de curva/tempo (ex.: 50/51, 21, 87) e calibração de transdutores, em que linearidade e precisão definem a qualidade do resultado.

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