O PS Simul oferece um exemplo pronto para os ensaios da IEC 60255‑121 (Cap. 6.3.2.4 — Linha Longa), permitindo validar comportamentos de proteção em um cenário radial representativo, com decaimento da componente DC, varredura de ângulos de interceptação e execução automatizada de todos os casos da norma em um único loop. É um caminho direto para transformar requisitos normativos em evidências rastreáveis.
Acesse o exemplo na biblioteca do PS Simul (Grupo 3 – Proteção) e explore os recursos do software: https://mla.bs/0e539568
1. Contexto e objetivo do ensaio “Linha Longa”
A seção 6.3.2.4 da IEC 60255‑121 padroniza condições de teste para avaliar a resposta de funções de proteção sob o efeito de uma “linha longa” em um sistema radial:
- Disjuntor local fechado e remoto aberto (sem transferência de carga).
- Tensões e correntes com modelagem do decaimento DC após a falta.
- TCs e TPs ideais (sem erros de medição) para focar no comportamento da proteção.
- Capacitâncias de linha desconsideradas (escopo da norma).
- Varredura de ângulos de interceptação (inception angle) para cobrir piores casos.
O objetivo é verificar se o relé mantém seletividade e tempos dentro de critérios, considerando as particularidades da energização do curto e a dinâmica dos sinais.
2. O que o exemplo do PS Simul já entrega
- Topologia radial conforme a norma, com parametrização transparente.
- Geração de sinais de tensão e corrente incluindo o decaimento DC.
- Loop automatizado que percorre todos os casos de teste exigidos pelo capítulo (reduz intervenção manual).
- Varredura de ângulos de interceptação para cobrir sensibilidades do algoritmo de proteção.
- Consulta direta a todos os dados do sistema elétrico nos próprios componentes (facilita auditoria).
- Base ideal para evidências reprodutíveis e relatórios padronizados.
3. Como executar (passo a passo sugerido)
- Abrir o PS Simul e acessar a biblioteca: Grupo 3 – Proteção → “IEC 60255‑121 — Linha Longa”.
- Revisar os parâmetros do sistema (fontes, impedâncias, níveis de curto).
- Selecionar a malha de testes (casos e ângulos a varrer) e iniciar o loop.
- Registrar respostas do relé (pick‑up, tempo de atuação/retorno, zonas, lógica).
- Salvar as evidências (oscilografias, tabelas de resultados, prints de parâmetros).
- Consolidar o relatório com critérios de aceite definidos pelo seu procedimento.
4. Benefícios operacionais
- Conformidade: alinhamento direto aos requisitos da IEC 60255‑121.
- Produtividade: um único loop percorre todos os casos, acelerando FAT/SAT e regressões.
- Rastreabilidade: parâmetros e resultados documentados, prontos para auditoria.
- Reprodutibilidade: mesmas condições, mesmos cenários — comparações justas entre ajustes/versões.
5. Checklist rápido de validação
- Cobertura de ângulos de interceptação definidos (mín., médios e piores casos).
- Avaliação de pick‑up e temporizações por tipo de falta e condição de linha.
- Verificação de seletividade (atuou quem devia, no tempo correto?).
- Registro de oscilografias e tempos ponta‑a‑ponta (entrada → decisão → saída).
- Consolidação de critérios de aceite (pass/fail) por caso, com tolerâncias.
6. Boas práticas para evidências fortes
- Padronizar nomenclatura de casos (ex.: LL‑A30, LL‑A90, etc.).
- Manter um baseline de resultados para futuras comparações (regressões).
- Versionar ajustes do relé e parâmetros do modelo no mesmo repositório.
- Incluir um sumário executivo no relatório com conclusão objetiva (aprovado/reprovado por critério).
7. Erros comuns (e como evitar)
- Ignorar a varredura de ângulos de interceptação (perde piores casos).
- Misturar modelos com capacitâncias de linha sem revisar o escopo do capítulo (mudar o fenômeno testado).
- Não registrar oscilografias e tempos de atuação/retorno (evidência incompleta).
- Alterar parâmetros do sistema sem versionamento (dificulta reprodutibilidade).
Conclusão
O exemplo “Linha Longa” no PS Simul encurta o caminho entre norma e prática: você executa todos os casos com um loop, coleta evidências reprodutíveis e fecha o relatório com clareza. É a combinação certa de padronização, produtividade e governança técnica.
Próximo passo sugerido: posso preparar um pacote de templates (planos de teste, critérios de aceite, planilha de resultados e modelo de relatório) alinhado à IEC 60255‑121 para você aplicar imediatamente no seu processo de FAT/SAT.
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